Parceria entre Brasil e Portugal avança nos setores científico e tecnológico
Brasil e Portugal querem aprofundar a cooperação bilateral.
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- Postado em: jul 05, 2016
- Brasil
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Contato: Ana Paula Rossetto, Porto, Portugal,
Nanotecnologia, física de altas energias, biocombustíveis e parques tecnológicos são algumas áreas em que Brasil e Portugal querem aprofundar a cooperação bilateral, que completou 30 anos no mês passado. O assunto foi discutido nesta quinta-feira (30/6) entre representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e a a ministra-adjunta da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Teresa Tavares, em videoconferência.
"O acordo de cooperação entre Brasil e Portugal tem proporcionado vários avanços tecnológicos e científicos. Hoje, foram destacados vários deles em áreas como observação da terra e oceanos. Há também interesse mútuo na área de satélites, observação das mudanças do clima, parques tecnológicos, que é prioridade para o ministério, bioenergia, entre outras" elencou o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade.
Ele ressaltou ainda que a vasta experiência do Brasil em bioenergia e biocombustíveis pode contribuir para o avanço do setor em Portugal. "Hoje já operamos fábricas produzindo etanol de segunda geração e estamos caminhando para o de terceira geração. Já Portugal possui muito conhecimento em energia eólica, um tipo de energia renovável que tem crescido muito no Brasil nos últimos anos", afirmou o secretário.
Carta de intenções
Em setembro do ano passado, o MCTIC assinou Carta de Intenções entre Brasil, Espanha e Portugal para cooperação científica em nanotecnologia. O objetivo é fortalecer a cooperação em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica entre o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), sediado em Braga, Portugal, e os institutos de pesquisa do MCTIC que integram o Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano).
As áreas prioritárias para colaboração são as de nanodispositivos, nanoeletrônica e nanopartículas aplicados à saúde, meio ambiente, água e alimentos. "Estamos disponíveis para colaborar e aproximar as nossas empresas e universidades em futuras colaborações nessas áreas, bem como, na ampliação dos parques tecnológicos", afirmou Teresa Tavares.
O governo brasileiro, por meio do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq), investiu R$ 121 milhões em bolsas de estudo (graduação, pós, sanduíche, pós-doutorado, mestrado, dentre outras) em Portugal, no período de 2011 a 2016. "Somente no ano passado foram investidos R$ 23 milhões em bolsas no território português", afirmou Jailson de Andrade.