Acordo incentiva brasileiros a integrar equipes de pesquisa na Europa
Na avaliação do comissário europeu para Pesquisa, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, o acordo dará experiência internacional a jovens cientistas do Brasil e viabilizará pesquisas
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- Postado em: out 27, 2016
- Brasil
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Um acordo de implementação foi assinado este mês em Bruxelas, na Bélgica, entre o Conselho Europeu de Investigação (CEI) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap). A nova parceria entre representantes da União Europeia (UE) e do Brasil tem como objetivo incentivar jovens cientistas brasileiros a integrar equipes de pesquisa financiadas pelo CEI, que efetuam pesquisas de ponta em toda a Europa.
A iniciativa faz parte da estratégia “CEI - Aberto ao Mundo”. O Conselho Europeu de Investigação concede bolsas a pesquisadores de todas as nacionalidades, desde que desenvolvam a sua atividade de pesquisa nos países do Espaço Europeu da Investigação (EEI), que engloba os Estados-Membros da União Europeia e os países associados ao programa-quadro de pesquisa.
O acordo oferece oportunidades de financiamento e facilita a integração em um projeto financiado pelo CEI. Com isso, pesquisadores brasileiros de alto nível poderão levar a cabo suas pesquisas e cooperar com equipes financiadas pela entidade europeia. Além disso, a iniciativa contribui mais para criar um "Espaço Comum de Investigação" entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), cujo primeiro pilar se refere à mobilidade de pesquisadores.
Segundo o comissário europeu para Pesquisa, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, o acordo é uma oportunidade para a cooperação científica em escala mundial. “A ciência de ponta é por natureza internacional, e esta iniciativa irá encorajar ainda mais esta mentalidade. Jovens talentos brasileiros poderão unir forças com bolsistas do Conselho Europeu de Pesquisa, espalhados por toda a Europa, o que lhes permitirá levar mais longe o seu trabalho de pesquisa e ganhar experiência internacional", afirmou.
Para o vice-presidente do CEI, Klaus Bock, o novo acordo se soma às várias iniciativas internacionais, que nos últimos anos foram lançadas pelo Conselho Europeu de Investigação com entidades homólogas no mundo. “Para o CEI, talentos científicos precisam interagir e cooperar estreitamente. O intercâmbio científico em pesquisa de ponta é extremamente valioso e pode conduzir a mais avanços científicos, sendo, por isso, benéfico para todos."
A primeira iniciativa deste gênero foi assinada em julho de 2012 com os Estados Unidos (Fundação Nacional de Ciência - NSF) para possibilitar que pesquisadores norte-americanos integrassem equipes financiadas pelo CEI. Seguiram-se acordos similares com a Coreia do Sul, Argentina, Japão, China, África do Sul e México.
(Agência Gestão CT&I, com informações da Delegação da União Europeia no Brasil)