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Na Europa, delegação do MCTIC discute projeto que auxilia implementação da Declaração de Belém

Previsão é que a ação de pesquisa conjunta tenha quatro anos de duração.

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  • Postado em: nov 01, 2018
  • Brasil

Uma delegação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) está em missão na Europa para alinhar os termos do projeto Cooperação de Todo o Atlântico para Pesquisa Oceânica e Inovação (AANChOR, na sigla em inglês), considerada uma ação de suporte à implementação da Declaração de Belém, firmada entre Brasil, África do Sul e União Europeia em julho de 2017. A iniciativa envolve 13 instituições dessas nações, além de parceiros da Argentina e de Cabo Verde.

“Discutimos os elementos do que seria necessário para a implementação dos pacotes de trabalho desse projeto de pesquisa oceânica e foi muito proveitoso. A previsão é que o AANChOR funcione por quatro anos e nos auxilie a concretizar o que está disposto na Declaração de Belém. A reunião foi um grande sucesso, mostrou que os parceiros estão preparados para a implementação desse projeto”, afirmou o coordenador-geral de Oceanos, Antártica e Geociências do MCTIC, Andrei Polejack, que chefia a equipe brasileira.

A Declaração de Belém prevê a integração das atividades de pesquisa no Atlântico Sul e no Oceano Antártico com aquelas do Atlântico Norte, além da exploração das sinergias com outras iniciativas, como o Centro Internacional de Pesquisas do Atlântico (AIR Center), que será instalado no arquipélago português dos Açores.

Além disso, as nações signatárias do acordo defendem o compartilhamento das infraestruturas de pesquisa e o acesso e gerenciamento de dados e plataformas. Também pretendem aprofundar o conhecimento científico dos ecossistemas marinhos e as interrelações entre oceanos e mudanças climáticas; oceanos e alimentos; e oceanos e sistemas energéticos.

A missão em solo europeu também tratará das análises dos dados obtidos pela mais recente expedição da Rede de Previsão e Pesquisa no Atlântico Tropical (Pirata, na sigla em inglês). Em funcionamento há 20 anos, o Pirata é fruto de uma parceria entre Brasil, Estados Unidos e França, composto por um sistema de boias ancoradas no fundo do Oceano Atlântico para observar variáveis atmosféricas e oceanográficas entre a América do Sul e a África.

Afixadas por rodas de trem ao solo marinho, cada unidade das boias que compõem a rede de monitoramento do Pirata carrega sensores ao logo de seus cabos submersos. Os equipamentos lá instalados monitoram temperatura e salinidade, da superfície até 500 metros de profundidade, além de correntes oceânicas, precipitações, pressão, radiação solar, unidade do ar, velocidade e direção do vento. Atualmente, a rede se baseia em um conjunto de 18 boias, sendo oito delas sob responsabilidade brasileira, na porção oeste do Atlântico.

Cooperação com a França

Outro objetivo da missão é estreitar laços com a França na área de pesquisa oceânica. Os países já possuem acordos de cooperação, mas visam criar um instrumento mais atual.

“Nosso objetivo é acertar em mais detalhes as áreas que Brasil e França querem cooperar na área de oceanos, começar uma negociação diplomática para ver qual melhor instrumento para firmar esse compromisso. Os dois países têm o interesse de ter um documento mais atual, já que o último acordo desse tipo data da década de 1980”, detalhou Andrei Polejack.

Fonte: Ascom MCTIC

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