Projeto Gripen e cargueiro KC-390 são foco de futuras parcerias internacionais
República Tcheca é um dos países interessados nestas aeronaves
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- Postado em: abr 07, 2017
- Brasil
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O governo federal estuda ampliar e abrir novas oportunidades de negócios com parcerias que envolvem o projeto Gripen, futuro caça da Força Aérea Brasileira (FAB), e o cargueiro KC-390. Reuniões nesta quinta-feira (6) promovidas pelos ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Defesa (MD) mostraram o interesse brasileiro em cooperações bilaterais que envolvam desde transferência de tecnologia à fabricação de mais equipamentos.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Alvaro Prata, no caso do Gripen, a ideia é explorar o contrato de compra e fabricação com a Suécia para além da transferência tecnológica prevista. "Então, o MCTIC manifesta interesse em cooperar em aviônica, ou seja, toda a parte eletrônica a bordo, de uma maneira geral; automação e robótica; desenvolvimento de tecnologias microeletrônicas, a serem usadas, por exemplo, em micro e nanossatélites; biocombustíveis de aviação e técnicas de manufatura avançada."
O estudo Spill Over Effects do Projeto Gripen trata de possibilidades de desdobramento em torno da construção dos caças da FAB, diante da cooperação já existente entre instituições de ensino e pesquisa dos dois países e da presença de empresas suecas no Brasil. “Sugerimos, inclusive, a ideia de criar um grupo bilateral de alto nível em alta tecnologia, para que possamos coordenar essas ações emanadas do projeto Gripen", ressaltou Prata.
Já o secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Flávio Basilio, pontuou durante a LAAD – a mais importante feira do setor da América Latina – que o projeto da aeronave cargueiro KC-390 é bom exemplo da parceria. “A linha de crédito internacional que iremos ofertar pode ajudar na venda da aeronave para outros países”, informou.
Durante a reunião, representantes da República Tcheca expuseram o plano de modernização de suas forças armadas até 2025. Composta por 29 mil homens e mulheres e fazendo parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), desde 1999, as Forças Armadas daquele tchecas pretendem adquirir produtos como aeronaves de transporte e combate, equipamentos para unidades de engenharia e logística e para o emprego em situação de defesa biológica, química, radiológica e nuclear.
Hoje, a República Tcheca gasta em defesa 1,08% do seu produto interno bruto, e buscam elevar este percentual nos próximos anos para 1,4%. Até 2022, a intenção é melhorar, principalmente, suas capacidades de transporte aéreo, revelou o vice-ministro de Defesa da República Tcheca, Tomás Kuchta.
Agência ABIPTI, com informações do MCTIC e MD)