INCOBRA - Increasing International Science, Technology and Innovation Cooperation between Brazil and the European Union

Central de Ajuda Boletim de Notícias

Siga-nos:

  • Twitter
  • LinkedIn

MCTIC apoiou mais de 1 mil projetos de segurança alimentar nos últimos 15 anos

Levantamento feito pela pasta aponta desde 2001 a 2016, foram investidos mais de R$ 175 milhões em 1.108 projetos de pesquisa.

Notícias

  • Postado em: set 26, 2016
  • Brasil

Site: Link

Da rede estadual de ensino do Paraná à cadeia produtiva do açaí no Pará, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) já apoiou mais de 1 mil projetos  que ajudaram a apontar soluções para os desafios de segurança alimentar e nutricional em todo o país e mesmo no exterior.

Um levantamento feito pelo pasta aponta que desde 2001, foram aportados mais de R$ 175 milhões a 1.108 projetos de pesquisa, apoiados por 27 editais lançados até setembro de 2016. O último deles segue aberto até 19 de outubro. Com recursos da ordem de R$ 4 milhões, a chamada pública faz parte da segunda fase do Programa de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional da União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Outros R$ 13,7 milhões estão empenhados para mais duas chamadas públicas que devem ser lançadas ainda em 2016.

A contribuição da pesquisa para a segurança alimentar e nutricional faz parte do tema da 13ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) – "Ciência alimentando o Brasil". A escolha se alinha à decisão da 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas de proclamar 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas. O MCTIC realiza a SNCT de 17 a 23 de outubro, em todo o país.

Transformação

Iniciada em 2014, a primeira fase do programa da Unasul apoia 25 projetos de 170 instituições de ensino e pesquisa da América Latina e da África. Um dos estudos identificou 4 mil crianças com restrições alimentares nas escolas públicas paranaenses, por iniciativa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Pontifícia Universidade Católica do Chile.

Segundo o MCTIC, a proposta era avaliar necessidades alimentares especiais no ambiente escolar e a sua interferência no desenvolvimento físico e na capacidade de aprendizagem das crianças. A pesquisa foi multidisciplinar, envolvendo nutricionistas, professores e as próprias manipuladoras da comida.

A coordenadora-geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Segurança Alimentar e Nutricional do MCTIC, Janesca Roman, chama atenção para os impactos do projeto, considerado de baixo custo. "Com R$ 150 mil, a equipe trouxe uma proposta de uma relevância sem igual em termos de conhecimento, porque a gente pôde perceber que esse problema de déficit de desenvolvimento, causado pela desnutrição, não se devia tanto à pobreza, mas ao desconhecimento de restrições alimentares", avalia a coordenadora.

Outra iniciativa apoiada pelo projeto da Unasul articulou 120 unidades de processamento do açaí com tecnologias sociais junto a prefeituras do interior do Amapá e do Pará. A iniciativa envolveu uma rede formada por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap), a Universidade do Estado do Pará (Uepa), a Universidade Federal do Amapá (Unifap) e a Universidade Nacional Agrária La Molina (Unalm), do Peru.

"O núcleo apresentou a proposta de organizar a cadeia produtiva do açaí, tendo em vista a segurança alimentar", afirma a pesquisadora Sônia da Costa, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). "A partir daquela forma de trabalho artesanal e descuidada, que até então colocava em risco o próprio extrativista, eles passaram a absorver uma visão de mais rigor sanitário com si mesmos e suas famílias, principalmente em termos de armazenamento. O projeto contribuiu para uma política do governo local de que todo o produto a sair do estado deve ser pasteurizado. Hoje, existe um selo de segurança."

De acordo com a pesquisadora, que foi coordenadora-geral do MCTIC, a iniciativa da UFPA colaborou para ordenar o arranjo produtivo local em torno das comunidades, ao formar cooperativas para vender o açaí. "O que mais me impressionou foram as tecnologias sociais desenvolvidas, como um equipamento artesanal capaz de facilitar a extração, aumentar o rendimento e reduzir o esforço físico", comenta.

(Agência Gestão CT&I, com informações do MCTIC)

Campo científico: Comida segura

Compartilhar esta em:

  • Facebook
  • Twitter
  • Google Plus
  • LinkedIn