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Brasileiros e europeus debatem desafios e oportunidades do 5G

Especialista afirma que desenvolvimento da 5G será impossível se não houver cooperação

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  • Postado em: set 23, 2016
  • Brasil

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Imagem: Reprodução internetQuem já ouviu falar de 5G certamente já se perguntou o que esta nova tecnologia de conexão móvel à internet trará de novidade. A resposta mais óbvia é um aumento na velocidade de transmissão de dados. E está certa. A expectativa é de que o 5G entregue conexões de até 10Gbps, velocidades semelhantes à da banda larga fixa. Mas a inovação se dará em outros campos. Nesta sexta-feira (23), especialistas em telecomunicações do Brasil e da Europa se reuniram para trocar experiências e informações sobre pesquisas no campo da internet 5G.

Os principais desafios da implantação da tecnologia estão justamente nos cenários onde poucas pessoas imaginam ou acreditam que haverá mudanças radicais: latência (tempo de demora para resposta de uma demanda), redes seguras (proteção de dados e estabilidade de conexão) e mais dispositivos conectados. Para se ter uma ideia, a latência média do 3G é de 300 milissegundos. Do 4G, 100 milissegundos, e a do 5G deverá ser de apenas um milissegundo.

De acordo com o  professor Matti Latva-aho, da Universidade de Oulu, na Finlândia, os desafios são tantos, que a internet 5G será construída por meio de cooperações. “É impossível um país desenvolver todas as tecnologias necessárias para o 5G sozinho. Essa tecnologia, que terá inúmeras aplicações, será criada com o esforço de muitos laboratórios de pesquisa, universidades e empresas”, disse o especialista durante palestra na ICT Week, evento realizado no âmbito do projeto Diálogo Setoriais Brasil-União Europeia, que terminou nesta sexta-feira (23).

Em fevereiro, o Brasil e a União Europeia firmaram uma declaração conjunta que prevê a cooperação técnica em 5G e a estratégia para definição de normas e padronização de tecnologia e definição de faixas de espectro para implantação da nova rede móvel de conexão à internet. O bloco europeu anunciou, em 2013, um investimento de 700 milhões de euros em pesquisa e desenvolvimento para o 5G, mas vem encontrando dificuldades para atrair investimentos privados.

De acordo com o diretor de Negócios e Tecnologias da União Europeia, Phillipe Lefebvre, a ideia é atrair capital privado para investir na implantação das redes que darão suporte para instalar o 5G. “Queremos criar um ambiente que combine incentivos a curto e longo prazo para que as operadoras de telecomunicações invistam nessas redes. Olhando para o 4G, os fabricantes da UE estavam bem posicionados na tecnologia, mas as operadoras estavam atrasadas para implantar as redes.  Agora, estamos implantando 4G em velocidade muito diferente em diferentes partes da Europa”.

A União Europeia também planeja envolver as indústrias de outros setores, como as do ramo de saúde e transporte, nas pesquisas com 5G. “Tentaremos até março de 2017 fazer um acordo com indústrias verticais para investir em pesquisas sobre 5G. Vamos identificar campeões, mas é preciso compromisso do setor de telecomunicações para avançarmos. Esse plano proporciona oportunidades, inclusive, para colaboração adicional com o Brasil no campo de pesquisa”, avaliou.

Adiantados

Para o coordenador geral da Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Éder Alves, o Brasil está adiantando nas discussões sobre o 5G, tecnologia disruptiva de conexão à internet. “O 5G é um desafio muito complexo e faz sentido estarmos adiantados nos debates. Trabalhar numa cooperação internacional é complemento positivo. Tem espaço para todo mundo. A questão do 5g vem ganhando corpo, mas a corrida agora vai se acelerar e teremos participação ativa no desenvolvimento dessa tecnologia”, avaliou Alves.

De acordo com o MCTIC, grupos de pesquisa acadêmicos já estão trabalhando com as tecnologias para desenvolver o 5G. Além deles, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) serão a base do ecossistema nacional para levar outras instituições a trabalharem com soluções para implantar o 5G no País.

Até o fim do ano, Brasil e União Europeia vão lançar a quarta chamada conjunta em tecnologia da informação e comunicação. As pesquisas sobre 5G será um dos temas contemplados no edital.

(Felipe Linhares, da Agência Gestão CT&I)

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